22 June 2008

O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (I)

Laurinda Alves



"Por definição as derrotas derrotam-nos. A Selecção perdeu e foi pena. Mas também foi azar. Todos os que assistimos, vimos. Enfim, não vale a pena falar mais do assunto. Ponto final"

"Hoje é dia de jogo e de nervos e não apetece desperdiçar temas. O futebol ocupa a cabeça e é uma espécie de pensamento único, que consome e abstrai. Para quem torce pela Selecção, todas as horas do dia são geridas em função da hora do jogo, não há volta a dar. Há muito poucos assuntos que interessem para além do futebol. Falar sobre a beleza talvez seja uma hipótese mas, mesmo assim, não tenho nada a certeza"
.

(2008)

11 comments:

ND said...

lolinhos

Ana Cristina Leonardo said...

o (I) no título promete

Ana Cristina Leonardo said...

não resisti e voltei cá. de onde é que sacaste esta pérola?

João Lisboa said...

Daqui:

http://laurindaalves.blogs.sapo.pt/

Anonymous said...

«Há muito poucos assuntos que interessem para além do futebol. Falar sobre a beleza talvez seja uma hipótese mas, mesmo assim, não tenho nada a certeza»

A este nível, só conheço a Rita Ferro... Filósofos de todo o mundo, uni-vos!

Anonymous said...

Uma mulher à frente do seu tempo e um dos nomes marcantes da filosofia contemporânea. Infelizmente em Portugal despreza-se os grandes pensadores. Em qualquer outro país já se tinha organizado um Congresso Internacional de Estudo do Pensamento de Laurinda Alves. A infinidade de propostas estimulantes de Laurinda Alves dava para, pelo menos, 6 meses de Congresso.

João Lisboa said...

"Infelizmente em Portugal despreza-se os grandes pensadores"

Essa é que é essa.

Anonymous said...

Laurinda Roland Witggenstein:

Os limites das derrotas são os limites do meu mundo. Que significa dizer A Selecção perdeu quando a selecção perdeu? O pretérito perfeito da pena? Dito de outro modo: a hipótese de ter sido azar? Todos os que assistimos, vimos. Ao dizer vimos excluo a dimensão do olhar enquanto campo polissémico da visão. Ou enquadro subjectivamente o ângulo como ponto de vista que subjaz à colectividade agregadora de um agudo individualismo. Enfim, não vale a pena falar mais do assunto. Ponto final. Sobre o que não sabemos falar devemos permanecer calados.

E não nos esqueçamos de outra possibilidade:

A Laurinda Lírica:

(portugal derrotado)

Por definição as
derrotas derrotam-nos.
A Selecção perdeu
foi pena.
foi azar.
assistimos, vimos.

Enfim, não vale
pena falar.
final.

João Lisboa said...

Exactamente. É como dizia o Manuel: "A infinidade de propostas estimulantes de Laurinda Alves dava para, pelo menos, 6 meses de Congresso".

Só é de lamentar que tão poucos reparem e lhe dediquem a atenção que, sem a menor dúvida, merece.

bookworm said...

Só é de lamentar que tão poucos reparem e lhe dediquem a atenção que, sem a menor dúvida, merece.

felizmente não é o caso deste blog, cujo autor (bem-haja) nunca desperdiça pérolas de sabedoria.

Anonymous said...

Isto e o direito à vida.