21 October 2009

A TARTARUGA DE LANZAROTE



"Se, de aqui a 100 anos, se fizer o levantamento da construção da Língua - isso é uma das tarefas do ESCRITOR - devida a Saramago, a resposta é ZERO. Não há uma única ideia, uma frase memorável, um aforismo que possamos contar aos vindouros. Aquilo é mau, mal escrito, e serve, como máquina de fabricar chouriços, só para enriquecer uma editora e o próprio. A esta hora, o Bom Comunista, se ao menos isso ele ainda tivesse em si, já devia ter transformado os lucros fenomenais numa Fundação de diminuição das Assimetrias Sociais, mas a tartaruga analfabeta prefere refugiar-se em Lanzarote, a fazer o papel da alma incompreendida e exilada". (post integral aqui, por oferta da N)

Nota: 1) assino por baixo, aí a 80% (não, as mariquices hippies do Novo Testamento continuam a não me comover); 2) de Saramago, cheguei à página 60 e tal do Evangelho Segundo Jesus Cristo e desisti: não - obviamente - em solidariedade com a Vaticano S.A. mas por a indigência da escrita ser ofensiva; tentei, ainda, um outro de que nem me recordo o nome e idem; gente que prezo garante-me que O Ano da Morte de Ricardo Reis é assaz legível... pode ser que, um dia...

(2009)

9 comments:

Anonymous said...

O artigo linkado é uma espécie de música pop de segunda (estilo Bell and Sebastian)? É o que parece.

João Lisboa said...

De Belle (com "e" no fim) & Sebastian é que não tem nada.

Anonymous said...

Eu também acho "O ano da morte de Ricardo Reis" o melhor Saramago. Legível, o que é diferente de recomendável.

ND said...

eu achei legíveis todos os que li do Saramago. E gostei de todos, inclusive esse.

Anonymous said...

Estas discussões traduzem ressentimentos de vários quadrantes. O ressentimento raramente conduz a um debate intelectualmente sério. O ressentimento de Saramago é um ressentimento anti-católico-Salazarista de alguém que viveu as influências nefastas da mesquinhez da religião. Infelizmente a maior parte das pessoas que falam por essa blogosfera fora, dizendo que etc e tal e secularização e já lá vai, desconhecem a interiorização da mesquinhez potenciada pelo catolicismo-Salazarista no Portugal profundo. Eu conheço várias realidades do género "quando cá cheguei já cá encontrei isto, para quê contestar?" e atitudes de inveja naturalizada potenciada pelo paradigma católico-Salazarista.
Quanto ao artigo linkado acima é um ressentimento anti-comunista. Os seus argumentos são pouco sérios, pretendem destruir o carácter de alguém, sendo a sua crítica literária tão profunda quanto a da leitura horizontal do folhear de algumas páginas. É estrume da mesma qualidade do de Saramago. O labor intelectual advindo do ressentimento, seja anti-comunista, seja anti-católico-Salazarista é pouco sério, intelectualmente falando. O João Lisboa enquanto crítico musical (sério) sabe bem que a seriedade de uma crítica musical é um pouco mais do que um cozinhado medíocre disfarçado com especiarias apimentadas.

João Lisboa said...

"É estrume da mesma qualidade do de Saramago"

Não me parece. Aliás, há no blog links para vários outros textos sobre o Saramago onde o tema é mais desenvolvido.

João Lisboa said...

"eu achei legíveis todos os que li do Saramago. E gostei de todos, inclusive esse"

Pronto, pá, pronto...

Lola said...

Eu nem lembro dos títulos.
Mas só acho que essa discussão existe porque ele ganhou o Nobel, porque ele tem um ótimo marketing por trás ou porque ainda se preocupam com a Igreja Católica.
Ele é ilegível, chato e cheio de frases feitas, comunistamente falando.
Saramago é irrelevante como escritor e intelectual. Ele é um velho burocrata velho do pensamento embolorado do final do século XIX.

Lola said...

Eu nem lembro dos títulos.
Mas só acho que essa discussão existe porque ele ganhou o Nobel, porque ele tem um ótimo marketing por trás ou porque ainda se preocupam com a Igreja Católica.
Ele é ilegível, chato e cheio de frases feitas, comunistamente falando.
Saramago é irrelevante como escritor e intelectual. Ele é um velho burocrata velho do pensamento embolorado do final do século XIX.