22 July 2014

... e a grande maioria de quem a fez também não, bem como muitos dos outros que não tiveram de a fazer - mas as Escolas ditas Superiores e, alegadamente, de Educação continuam a aceitar matrículas

5 comments:

Anonymous said...

Será que este gajo tem noção do que aconteceu aos professores contratados? Se tem, esta frase é ridícula e insultuosa. Os efeitos da medida não se vão verificar, nem a longo prazo. Além disso, este ano fez-se apenas aquela "coisa", em vez de uma prova que avaliasse aquilo que o professor vai ensinar. Sobre a situação dos contratados, dou um exemplo que conheço particularmente. Houve concurso externo este ano. No grupo de Português (pode-se consultar no site da DGRHE), a situação é esta: perto de 3000 candidatos, 27 vagas. Os que vão vincular ("entrar para os quadros") têm 20 anos de serviço. Parece impossível... Veja-se, também, o tempo de serviço das pessoas que estão a meio da lista e que este ano não foram colocadas: há pessoas com 8, 9 e até 10 anos de serviço. Prova para os que têm menos de 5 anos? Uma brincadeira, só pode. Os contratados estão a ser simplesmente retirados do sistema. Medidas: aumento de alunos por turma, agrupamento de escolas, alterações curriculares... Não me pronuncio sobre a necessidade e a lógica de algumas medidas; o facto é que foram eficazes a cortar despesas com "pessoal". Em relação à avaliação (também leio o que tem escrito aqui sobre o assunto), o mais sensato, parece-me, seria conceber um modelo de avaliação que incluísse duas coisas: conhecimentos científicos, a avaliar numa prova (em momentos a definir, de quatro em quatro anos, por exemplo, para mudança de escalão, etc.), e observação de aulas (por elementos externos à escola, sem data marcada, com mais do que uma turma do mesmo professor). A prova teria, necessariamente, uma matriz rigorosa, devendo abranger os conteúdos das disciplinas que o professor poderia leccionar. Os sindicatos aceitariam isto? Duvido.

João Lisboa said...

Também duvido. Muito. Estou bastante de acordo também com tudo aquilo que, ontem, a prof. Maria do Carmo Vieira disse na SIC N.

Anonymous said...

http://www.youtube.com/watch?v=5k0oV9_9-rQ

Anonymous said...

Daqui a vinte anos teremos os melhores professores do mundo! http://educar.wordpress.com/2014/07/26/uma-mao-cheia-de-nada/

Anonymous said...

Venho aqui novamente porque tinha de partilhar isto com alguém. E como vou lendo (e concordando com) aquilo que escreve aqui sobre Educação... Enquanto este blogue esteve em pausa, surgiu no 'Observador' uma polémica entre Alexandre Homem Cristo e Paulo Guinote. Disse o primeiro, partindo dos resultados da PACC, da indicação da nota que permite o acesso aos cursos via ensino e de umas estatísticas sobre atribuição de bolsas no ensino superior, essencialmente isto: os professores que temos são maus, porque 1) é fácil ser professor e 2) escolhem a profissão alunos pobres, sendo estes, "normalmente" (pela sua condição), maus alunos. O Paulo Guinote respondeu falando na impossibilidade de uma generalização e criticando a relação entre ser pobre e ser mau aluno/futuro mau professor. No texto do Paulo Guinote, nas caixas de comentários, nos textos que foram aparecendo em blogues, quase toda a gente ataca o AHC por ter estabelecido um argumento que liga a pobreza ao insucesso escolar. E, sendo muitos dos comentários escritos por professores, isto espanta-me muito por uma razão. Não sei se o João Lisboa sabe o que são as TEIP. São escolas especiais (o acrónimo quer dizer "territórios educativos de intervenção prioritária), normalmente situadas em bairros problemáticos. Ora, nas TEIP e não só (veja-se quando saem os resultados dos exames no famoso ranking), é frequente - e consta mesmo de documentos oficiais, como actas - justificar-se o insucesso com as "condições socioeconómicas", com o "meio envolvente". É normal, e é justamente a ligação entre essas condições e a maior probabilidade de insucesso que está na origem dos projectos TEIP. Não haverá, portanto, uma incoerência profunda nisto tudo, uma hipocrisia extrema, quando são as próprias escolas a assumir essa relação? Desculpe a espécie de desabafo.